desses que a gente acorda tarde e só se lembra de dar os parabéns perto do almoço...
desses que a gente recebe um presente que não gosta muito...
desses que a gente não faz o que quer...
desses que tem gente no meio pra atrapalhar...
desses que o cansaço domina e a escolha é não fazer nada...
desses também em que a gente briga com o namorado e fica a pensar se ainda é tempo de continuar...
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Durante um tempo da minha adolescência achei que amaria um homem que tivesse condições financeiras que me proporcionassem a segurança de que eu não precisaria sustentá-lo uma época. (Nessa época minha irmã namorava um cara que tinha essa intenção, ele não trabalhava e nem queria, aí eu temia o mesmo pra mim.)
Além de ter sustentabilidade, ele também teria de ser muito gentil e gostar da minha família. Eu sempre fui muito ligada com esse lance de família, a minha não é perfeita, mas quero sempre estar perto dela.
Já quando comecei a juventude, mudei o conceito. Amaria um homem que me fizesse rir! É muito importante o senso de humor, a alegria torna o dia-a-dia mais leve e fácil de levar. Além disso, fisicamente o sorriso me chama muita atenção, então, um homem com um sorriso bonito e que gostasse de rir estava perfeito. Para me fazer rir, provavelmente teria que falar muito.
Com o passar do tempo, fui acrescentando mais algumas coisas. Além de me fazer rir, tem que me tratar bem, não ser apegado a bens materiais (já mudei viu?) e gostar de crianças e animais.
Hoje, amo um homem. E ele: é calado; tem uma situação financeira super instável; já é pai e tem dificuldade em cuidar do filho (mas o ama); é confiável e me passa confiança e segurança também; respeita-me e valoriza; adora minha família e interage com ela. Além de muitas outras coisas que não citarei aqui e que talvez nem eu saiba não é?!
Enfim, o amo. Meu amor hoje é assim. Não sei se o amaria se ele fosse diferente, mas, parafraseando a autora do post referido ali em cima, Ailin Aleixo, “Quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali”.